29 de novembro de 2010

Refletindo.

De onde será a causa disso tudo?
Qual será o real motivo de seu ímpeto?
Por que comove tanta gente?
Pra que essa sede?
Pra que essas feições?
Por que não me erra?
Por que não faz uma viagem?
Por que insiste em continuar?
 
Eu sei que num belo dia tudo isso vai terminar, e que daqui a alguns anos só restara migalhas de memórias, tudo isso foi um aprendizado que me fez amadurecer.
Na minha pressa para que as coisas aconteçam já, sinto-me influenciado.
Minha vida naquela escola poderia ser um bom instrumento de egoísmo se não fosse meus próprios erros, o maior acerto agora é escrever.
Cegos! Inválidos e Diabólicos!
Num momento, depois, mais reservado, vou ler, vou pensar em  absolutamente tudo e  vai passar.
Paz de espírito!
Não posso negar que me afligem, por que então envolver pessoas que podiam amar-me?
Isso não depende de mim!
Mas teimosamente acredito que poderia ser diferente, se ele com sua sede de sei lá o que deixa-se minha luz brilhar.
Isso depende de mim!

Amar é um dom?

Na beleza da vida, nas coisas que compõem o mundo se vê graça, nas coisas simples do cotidiano há fatos singelos. Eu acredito que o amar seja um dom.

Procura-se um amigo!

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração.
Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.
Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa.

Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.
Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão.
Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados.
Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar.
Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser,
deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo.
Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo.

Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância.
Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo.
Precisa-se de um amigo para se parar de chorar.
Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.

Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo,
para ter-se a consciência de que ainda se vive.
(Vinícius de Moraes)


Estou só!

Eu vivo numa ilusão, eu imagino situações e vivo-as como se elas fossem reais.
O meu mundo não é real e eu não acho que isso seja loucura. Imaginar como seria lá do outro lado me faz pensar e aceitar como se eu soubesse ou como se eu realmente estivesse sentindo prazer.
Ninguém faz muita coisa por você e eu não saio a procura de ninguém.
Não devo lá ser interessante.
Falta-se aquele produto ou talvez aquele estilo.
Vivendo numa cúpula enquanto o mundo faz memórias.
Vivendo o mesmo, fazendo o mesmo, falando o mesmo com quem não consegue me responder
Estou só!

Feliz :)

Ás vezes eu acho que tudo deveria ser demais, eu espero sempre um sorriso, eu espero sempre uma gentileza, um beijo e um abraço, sempre uma boa conversa, bons sorrisos, e as melhores das brincadeiras...
Um riso, um pulo, uma caminhada é mágico, pra que rótulos? Que tal um banho de chuva?
Uma brincadeira por mais boba que seja não tem lá seu alto grau de ridículo.

A vida é cheia de graça e o Senhor é convosco.
Porque não ser feliz a cada sol e a cada chuva?
Ser feliz não é ser errante!

" I'm sorry..."

Estou com um vazio dentro do meu peito, com a sensação de que deveria ter feito algo, como se não tivesse cumprido um dever. É um vazio que dá a melodia esperançosa de Madonna " I'm sorry, i can make alone" e vem vindo. Não sei o que deixei de fazer, não sei de onde isso vem, será que foi ela? - eu sempre sem saber a resposta- mas talvez desse jeito eu vá me descobrindo aos poucos, " I'm sorry" como diz a Madonna. O por que do vazio? O que falta? Será o amor dela? - mas uma vez sem saber a resposta- o vazio é como aquela sensação que me dá domingo a noite, olhando o mar, a lua e que preenche a solidão, envolvendo com a brisa da meia-noite. Ela agora, há meia-noite, não importa mais, lembro-me somente da melodia: " I'm sorry..."